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NOTÍCIAS
06/03/2015
Prefeito Erasmo ouve usuários sobre catracas extras no transporte coletivo
A polêmica sobre a instalação de roletas adicionais nos ônibus do transporte coletivo de Alegrete motivou a Administração Municipal a chamar grupos representativos de usuários para fazer a escuta das demandas.

O encontro aconteceu no início da tarde desta sexta-feira (6) no gabinete do prefeito Erasmo Silva. Estiveram presentes representantes da Associação de Familiares e Amigos de Deficientes (AFAD), Comitê Gestor de Políticas Públicas de Acessibilidade, Bloco de Lutas, Conselho Municipal do Idoso e o Centro Estudantil da Unipampa.

Os representantes posicionaram-se contra a atual situação, em que a entrada acontece pela porta da frente, onde a tarifa é paga, e uma catraca adicional fica localizada em frente à saída traseira. "Se uma roleta já é difícil para uma pessoa de idade, imagine duas", afirma Luís Marques Saldanha, que narrou acidentes causados pela dificuldade de acesso. Outra circunstância alegada é a dificuldade de evacuação em caso de sinistros ou situações de pânico, em que as saídas de emergência seriam insuficientes com as duas portas restritas.

O presidente da AFAD, Paulo Santos, mencionou o espaço insuficiente antes da primeira catraca, que por lei deve ser de no mínimo 10% do total do carro. Pede a sensibilidade das empresas para possibilitar o acesso pela porta do meio em casos especiais.

O aumento dos atrasos das linhas também entraram na discussão. Segundo os fiscais de transporte da Secretaria de Infraestrutura, as roletas traseiras em frente à escada tornaram a saída dos usuários mais lenta, retardando o andamento do itinerário em até 20 minutos, enquanto a tolerância é de no máximo cinco minutos.

Para o componente do bloco de lutas, Luis Pércio, a responsabilidade de fiscalização é das empresa. "O trabalhador ou o estudante tem hora pra chegar no destino. Ele não pode ser penalizado por um problema que não é seu", argumenta.

O prefeito Erasmo Silva vai buscar o diálogo com as concessionárias para apresentar os argumentos levantados e buscar em conjunto a melhor alternativa. "O que fica claro é que como está não pode ficar. Não podemos esperar um caso mais grave para resolver o problema. A questão da segurança é incontestável", afirma. O novo encontro deve acontecer na próxima semana.
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