Alegrete tem mais um espaço para a qualificação do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde sendo encaminhado pela Prefeitura Municipal. Já foi publicado o edital da licitação para a construção do Centro Especializado de Reabilitação Física e Auditiva (CER II), que irá atender Alegrete e os demais municípios da região da Fronteira Oeste. A abertura dos envelopes para a licitação do Centro Especializado de Reabilitação Física e Auditiva será no dia 11 de dezembro.

O CER faz parte do Plano Viver Sem Limite - Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, lançado em 2011 pelo Governo Federal para implementação dos apoios necessários ao pleno exercício da capacidade legal por todas as pessoas com deficiência. A habilitação e reabilitação visam garantir o desenvolvimento de habilidades funcionais das pessoas com deficiência para promover sua autonomia e independência. " Além de tudo, o centro promoverá a inserção social de um grande grupo de pessoas. Essa parcela da população não havia sido pensada pelo SUS até então, com serviços específicos e qualificados", avalia Preta Mulazzani, vice-prefeita do Alegrete.

Alguns desses centros estão sendo construídos e outros serão qualificados por meio de reforma, ampliação, aquisição de equipamentos e reforço de pessoal. Em Alegrete, a estrutura completamente nova terá área de 1.619,60 m² e será erguida na Avenida Tiarajú, ao lado do Fórum. Com investimento total de R$ 2.600.000, a obra tem recurso federal via Ministério da Saúde, mais contrapartida do município. O Ministério da Saúde disponibiliza recursos de custeio mensais para a manutenção dos serviços habilitados e contratação dos profissionais que compõem a equipe multiprofissional de reabilitação.

Alegrete garantiu o aporte ainda em 2012, quando a região tinha em média 69 pacientes por mês na espera de atendimento auditivo e 50 pacientes na espera de atendimentos físicos. "Optamos por essas áreas para integralizar o serviço, com o cuidado que já tem parte no Cerest e serviços de fonoaudiologia e fisioterapia. Temos uma trajetória de atenção e o CER nos fará referência", explica a secretária de saúde Maria do Horto Salbego.

Atualmente, deficientes físicos precisam ir até Bagé para obterem suas próteses. Já os deficientes auditivos são atendidos em Santa Maria. "A aquisição do serviço nos trás para o centro do processo, deixando de ser periferia. O usuário ganha muito em qualidade de serviços e o município diminui o custeio que acontece hoje para o atendimento fora do domicílio", classifica o prefeito Erasmo Silva.