As origens do município de Alegrete datam do início do XIX quando em 1801, os aventureiros Borges do Canto e Santos Pedroso conquistaram para a coroa portuguesa o território das missões jesuíticas ao norte do Rio Ibicuí.

As contínuas lutas de fronteira, agora entre o Reino de Portugual e os dissidentes ao recém-constituído governo das Províncias Unidas do Rio do Prata, provoca o ataque e queima do povoado e da capela, provocando a transferência da povoação para a margem esquerda do Rio Ibirapuitã, em 1817, onde erguerá novo povoado e capela, com a denominação de Nossa Senhora da Conceição Aparecida de Alegrete.

O lugarejo prospera rapidamente e eleva-se a categoria de vila através do decreto provincial de 25 de outubro de 1831, demarcando assim seus limites e ganhando autonomia política. Com a Revolução Farroupilha em 1835, Alegrete torna-se, no período de 1842 a 1845, a 3ª Capital da República Riograndense. Entre batalhas e campanhas, a Vila de Alegrete foi elevada a categoria de cidade em 22 de janeiro de 1857.

Protagonista de diversos momentos da história do Rio Grande do Sul e do Brasil desde sua fundação até o momento atual, o município de Alegrete mantém hoje a alcunha de cidade mais gaúcha do estado. Esta característica manifesta-se no linguajar de seu povo, nos hábitos e costumes, em suas festas e eventos ao longo do ano. Os Festejos Farroupilhas de Alegrete certamente são o seu ápice, onde pessoas de todas as classes e idades unem-se pelo amor à cultura. Para a vice-prefeita Preta Mulazzani, “o povo alegretense tem em seu coração o vigor de quem lutou por ser brasileiro e o orgulho de personificar o que o resto do país percebe hoje como o gaúcho autêntico. O passado e o presente serão a base para um futuro mais justo e igual”.

Alegrete também apresenta números cada vez mais expressivos quando se trata de desenvolvimento social e econômico. Nos últimos cinco anos, mais de 130 milhões de reais foram captados junto aos Governos Estadual e Federal para investimento em infraestrutura, saúde, educação, saneamento básico, assistência social, produção rural, habitação, dentre outras áreas. A ampliação da rede universitária, incluindo o Instituto Federal Farroupilha e o Campus Tecnológico da Universidade Federal do Pampa, somou-se a essas iniciativas no impulso aos setores de prestação de serviços e construção civil, criando um ciclo virtuoso de desenvolvimento inédito nas últimas décadas.

Com o Parque Tecnológico do Pampa, em estruturação junto à Unipampa em área cedida pela Prefeitura Municipal, a perspectiva é ainda mais promissora. Estas ações tem reflexo mais visível no orçamento do município, com crescimento de mais de 125% nos últimos cinco anos: de 71 milhões em 2008 para uma previsão de 160 milhões em 2014. “Alegrete tem hoje desenhado um futuro de prosperidade como há muitas décadas não havia. Ainda temos muito ainda por fazer, mas grandes passos já foram dados”, avalia o prefeito Erasmo Guterres Silva.