A Operação Balada Segura começou em março de 2012 e, um ano depois, os números comprovam sua eficácia no combate à violência no trânsito. O mais representativo é o que apresenta o comparativo do número de vítimas fatais: de nove em 2011, os acidentes com mortes caíram para seis em 2012. No comparativo com a média dos últimos cinco anos a discrepância é ainda maior: 9,7.

Ex-secretário de Segurança Pública e Cidadania e hoje vereador, José Paulo Alvarenga repassou a histórico da operação, com cursos, empenho da administração, entidades parceiras e funcionários: “não é um ano de vida, mas de vidas”. “Tivemos questionamentos, mas os números mostram que estávamos no caminho certo. Pessoas deixaram de morrer ou de ficarem mutiladas”, analisa o atual secretário de Segurança Pública e Cidadania, Luís Cláudio Maglioli.

Com uma frota de 29.388 veículos, o município teve 7% deste número, 2.074 veículos, vistoriados pela Operação, nas 32 blitze realizadas no período. Da mesma forma, sendo um conjunto de ações cujo foco principal é o combate à alcoolemia, é importante destacar que a iniciativa já realizou 1.982 testes com etilômetro, o que vale dizer que 8 % dos 24.526 condutores habilitados do município foi convidado a soprar o bafômetro.

Deste universo, 92 condutores recusaram-se ao teste, sendo enquadrados, portanto, em uma combinação dos artigos 165 e 277 do Código de Trânsito Brasileiro. A boa notícia é que, do total de abordados, apenas 64 foram confirmados com nível alcoólico no sangue acima do permitido. Segundo o diretor-presidente do Detran/RS, Leonardo Kauer, trata-se de um indicativo de que a operação já está influindo nos hábitos de lazer dos condutores alegretenses: "a Balada Segura não é só um processo de fiscalização, mas também de conscientização”.

Alegrete foi o terceiro município a implantar esse formato de blitze, após Porto Alegre e Canoas. Unindo ações de fiscalização e de educação para o trânsito, a Operação se caracteriza por potencializar os recursos do Detran/RS, da Brigada Militar, da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal e do município, por meio de seus agentes de fiscalização. O crescimento acelerado do índice de motorização do município (número de veículos por número de habitantes) passou em nove anos de menos de 22% para mais de 37%, chamando a atenção para a necessidade de ações imediatas pela segurança no trânsito. “O prefeito Erasmo e eu não tivemos medo de instalar a Balada Segura, mesmo em ano eleitoral. E a sociedade reconheceu que esta é uma luta pela vida”, reforça a então prefeita em exercício, Preta Mulazzani.

FOTOS: Cláudia Almeida