A produção e incentivo á cultura em Alegrete tem na Comenda Oswaldo Aranha sua mais distinta premiação. A entrega da medalha em que o mapa do município de Alegrete é destaque aconteceu na quinta-feira (25), no museu que guarda a história do patrono da comenda.

“Sou resultado de muitas pessoas”, disse a primeira das agraciadas, a professora de língua portuguesa e literatura brasileira, especialista em teoria da literatura e mestra em literatura brasileira Virgínia de Almeida Pires do Rosário. Virgínia coordenou durante 13 anos a oficina de literatura da Escola Estadual Emílio Zuñeda, que resultou na publicação de oito livros, iniciativa que lhe credenciou ao Prêmio Pandorga de Incentivo à Leitura da TVE-RS. Também é escritora e poeta, tendo também recebido o prêmio Lila Ripoll de Poesia, concedido pela Assembleia Legislativa do Estado. Tem livro publicado na metodologia do ensino, com análise da gramática normativa da língua portuguesa e aguarda a publicação do livro de poesias Noite de ‘Arco-Íris’. Possui também atuação destacada como sindicalista e ativista política.

O segundo agraciado com a Comenda Oswaldo Aranha foi o dramaturgo, técnico de cultura e lazer do SESC, licenciado em história e pós-graduando em produção cultural, Paulo César Fagundes Amaral. Um dos fundadores da Associação Cultural Mensageiros e Cooperativa Alegretense de Teatro, desenvolveu projetos como Palco Mensageiros – Teatro e Vivências, Sociedade Literária, Núcleo de Experimentos Teatrais e equipe Nariz Laranja. Através da Unidade Operacional do Sesc Alegrete, trabalha para a integração do município nos circuitos de projetos culturais como o Palco Giratório, Rio Grande no Palco, Sonora Brasil, Sesc Música, Sesc Dramaturgia e Projeto Residência. “A lembrança do meu nome é a lembrança de todos os lutadores pela cultura de Alegrete. Cultura se faz em redes, não de forma isolada”, afirmou na ocasião.

“A comenda não poderia ser mais justa pela importância da contribuição, cada um em sua área, para o crescimento da cultura. Como ambos colocaram, sem o trabalho coletivo não se amplia a inclusão através da produção cultural”, comentou a vice-prefeita Preta Mulazzani.

FOTOS: Ricardo Madeira