Alegrete tem 5.000 km de estradas vicinais sob administração do poder público municipal, o que exige manutenção constante e uma consequente inquietação com o impacto da retirada dos materiais do solo. Buscando analisar estas questões, Prefeitura de Alegrete e Universidade Federal do Pampa assinaram na última sexta-feira (23) um convênio viabilizando estudo geotécnico e de impacto ambiental das jazidas de materiais alternativos para manutenção das estradas não pavimentadas. “Os corredores do interior do município possibilitam o escoamento da produção primária, que é o grande motor da economia do município”, reforça o secretário de Agricultura Márcio Amaral.

Segundo o secretário Nilto Delgado, “o sistema viário joga o cascalho pra fora das estradas, assoreando mananciais e destruindo campos. Só esta seria uma justificativa plausível para a realização de um estudo nesses moldes”. Coordenado pelo professor Wilber Feliciano Chance Tapahuasco, envolverá seis alunos contratados como estagiários da Secretaria de Meio Ambiente, que percorrerão locais do município onde investigarão as condições atuais de exploração de jazidas de solos agregados e propor novos materiais e técnicas para uso em obras de pavimentação.

“Buscamos eficiência ambiental e estrutural, por que a chuva e o trânsito acabam fazendo com que o trabalho dure menos e obriga a reposição do material”, analisa o secretário de Infraestrutura, Antônio Carlos Calovi. “O convênio também significa economia, pois se fossemos contratar uma empresa para dar um diagnóstico, gastaríamos algumas centenas de reais, além da economia com diminuição do retrabalho”, complementa a vice-prefeita Preta Mulazzani. O prefeito Erasmo Silva realça esse novo elo com a universidade: “cada vez mais a Unipampa retorna de forma positiva o esforço que fizemos para dar a ela condições de ser esta potência que estamos vendo".

FOTOS: Renata Bianchi