Em busca de uma solução para o problema da infraestrutura do Centro de Referência e Integração da Criança e do Adolescente – CRICA Sede, a Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Educação e Cultura, reuniu-se diversas vezes com a comunidade escolar para debater as alternativas possíveis que melhor se adequassem às necessidades dos alunos ..

Uma das possibilidades discutidas era a de comprar vagas para estas crianças em uma escola particular no centro da cidade, o que exigiria um deslocamento das famílias e fez com que se descartasse a hipótese. O CRICA Sede, localizado na esquina das ruas Bento Manoel e Barros Cassal, atende 75 crianças dos bairros vizinhos, especialmente Vera Cruz e Sepé Tiaraju, e já foi verificado que existe uma demanda reprimida de crianças sem Educação Infantil nestes bairros, o que reforça a necessidade de melhorar a infraestrutura da escola para que seja ampliado o atendimento.

Assim, em reunião no último dia 28, foi decidido junto à comunidade que, enquanto o prédio estiver em reformas, as 25 crianças das turmas de maternal serão deslocadas para a Escola de Educação Infantil Ana Bittencourt, e as 50 crianças da pré-escola irão para a EMEB Euclides Lisboa. Ambas escolas situam-se no bairro Assunção, e disponibilizarão turno integral, das 7h30 às 17hs, para os alunos. O fato de que as crianças serão encaminhadas à outra escola dentro do mesmo espaço geográfico atende a reivindicação da comunidade.

A hipótese de compra de vagas era devida ao desconhecimento de que o atual imóvel é de propriedade do Município desde 1941. O secretário de Educação e Cultura, Jorgé Sitó, lamenta o fato: “ Não havia registro do imóvel sequer no Patrimônio da Prefeitura. Se essa descoberta tivesse sido feita nos últimos 20 anos esse problema já teria sido resolvido.” 

Além do CRICA, a secretaria vem fazendo movimentos de dominiabilidade dos prédios de escolas municipais urbanas e dos pólos municipais após ter se deparado com situação semelhante na zona rural. Sitó declarou: “É inconcebível que o Pólo do Rincão de São Miguel e o Pólo do 28 tenham perdido verbas por não terem os documentos legais de doação. Tivemos que direcionar a verba destas escolas ao Pólo do Caverá, que possui a documentação em dia.”