Alegrete conserva mais três prédios para contar sua história. O Prefeito Erasmo Guterres Silva decretou na última semana o tombamento definitivo dos prédios do Clube Beneficente Luz e Verdade, do Casarão do Parque Dr. Lauro Dornelles e da casa de tijolos de barro localizada no Parque dos Aguateiros, que vem a se somar aos outros 11 prédios históricos já constante no rol do Patrimônio Histórico Cultural de Alegrete.

Para o secretário-geral do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Alegrete, Homero Dornelles, “os decretos demonstram a preocupação do executivo em preservar a memória da cidade”. Segundo ele, o fórum realizado pelo COMPAHCA e a Prefeitura no mês de abril aproximou proprietários de prédios antigos à idéia da conservação, já que diversos deles remeteram-se ao conselho requisitando informações sobre o assunto. “Outros prédios estão em processo de tombamento, avisa. 

O Prefeito Erasmo acredita que os processos de tombamento devem evoluir rapidamente: "por ter passado relevante para a história do Rio Grande do Sul e do Brasil, Alegrete deve ter um compromisso maior com a preservação da sua memória. Nossa gestão compromete-se com esse ideal", afirma.

PRÉDIOS

A casa de tijolos de barro do Parque do Porto dos Aguateiros, localizada no bairro de mesmo nome ao longo da Avenida Eurípedes Brasil Milano, foi construída durante a Revolução Farroupilha (1835-1845) e serviu como a primeira olaria da cidade.

O casarão do Parque Dr. Lauro Dornelles está localizado na avenida Tiarajú 1395, no bairro Centenário, com área de 322,14 m². O prédio em estilo colonial foi construído em 1918 com recursos doados pelo então intendente Lauro Dornelles para abrigar a Estação Zootécnica e Patronato Agrícola e Veterinário. Após o encerramento de suas atividades, foi doado pela Prefeitura de Alegrete à então Associação Rural de Alegrete (atual Sindicato Rural), que o mantém até os dias de hoje,

O prédio em estilo eclético onde funcionam a loja maçônica Clube Beneficente Luz e Verdade e a Escola Vida (Rua Demétrio Ribeiro, 127 e 135, no centro) foi construído em 1903, por meio de doações. Está arrolado para tombamento desde a instalação do COMPAHCA, em 1983.

Foto: Homero Dornelles