Na manhã deste sábado, aconteceu no Colégio Irmão José Otão, em Santa Maria, um seminário reunindo 11 colegiados dos territórios do projeto Territórios da Cidadania, do Ministério do Desenvolvimento Agrário. O encontro fez parte da programação do 1º Fórum Social de Economia Solidária e 1ª Feira Mundial de Economia Solidária e teve por objetivo organizar e planejar o cronograma das ações do programa no estado em preparação ao IV Encontro Nacional de Colegiados Territorias, que ocorre entre 20 e 22 de março em Brasília.

Foi formada uma rede de colegiados e definida comissão provisória para a organização de um evento reunindo seus componentes, além da construção de um colegiado estadual dos territórios no Rio Grande do Sul. Presente à ocasião, a Prefeita em exercício Maria de Fátima Mulazzani (Preta), salientou a importância da realização do encontro em conjunto com a Feira. “Podemos trazer o exemplo da economia solidária para a construção de um projeto de desenvolvimento social e econômico no território que estamos estabelecendo no Pampa”.

O engenheiro agronômo Carlos Alende, assessor técnico da APAFA (Associação dos Produtores em Agricultura Familiar de Alegrete), considera o programa um empoderamento dos agricultores familiares frente aos governos municipal e federal. “A homologação do nosso território trará a possibilidade de encaminhamento de recursos em infraestrutura de comercialização e produção. Passamos a ter projeção e reconhecimento na preparação de políticas públicas nacionais”. A troca de experiências entre os territórios foi destacado pela Prefeita em exercício. “Através do conhecimento do avanço dos demais territórios, em diferentes estágios, podemos buscar uma aplicação mais objetiva dos recursos, que são liberados conforme a instalação do Território do Pampa acontece”.

O programa Territórios da Cidadania do Governo Federal consiste no agrupamento dos municípios conforme características econômicas, sociais e ambientais, facilitando a integração de políticas públicas como apoio às atividades produtivas, direitos básicos e qualificação da infraestrutura, com prioridade à trabalhadores da agricultura familiar, assentados da reforma agrária, indígenas, quilombolas e mulheres. Já existem 120 territórios estabelecidos.