O prefeito Erasmo Silva convocou o funcionalismo para um amplo debate sobre a situação financeira do Município. A Plenária aconteceu na sexta-feira, 28 de agosto, no CTG Aconchego dos Caranchos.
Erasmo Silva ressaltou que a iniciativa foi tomada para que o relacionamento entre gestores e funcionários seja o mais transparente possível. “São os servidores os responsáveis pelo bom andamento da máquina pública, nada mais justo, portanto que eles tenham as informações precisas e honestas sobre a Prefeitura”, justificou.
O chefe do Executivo foi muito claro. Nestes primeiros oito meses de Administração, a Prefeitura gastou menos e arrecadou mais, mas houve uma diminuição acentuada no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), cuja causa principal é a crise mundial. “Esta queda era prevista, pois o País agora é que esta sofrendo os reflexos do que aconteceu em nível mundial”.
O FPM é uma transferência constitucional feita pela União aos Municípios formada pela arrecadação do Imposto de Renda e pelo Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Os repasses são feitos a cada dez dias e cada parcela representa arrecadação líquida do IR e do IPI do decênio anterior ao repasse. Alegrete sofreu uma queda de mais de R$ 1 milhão em relação ao não anterior.
“Entretanto, estamos com as contas em dia e os pagamentos estão todos dentro da normalidade”, esclareceu Erasmo. Para adequar-se a essa nova realidade e enfrentar esse período, a Prefeitura controla seu orçamento, seguindo a regra básica: não gastar mais do que arrecada, procurando manter-se dentro dos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
A resposta do funcionalismo foi considerada extremamente positiva. O presidente do Sindicato da categoria, Ângelo Tertuliano de Oliveira declarou que em 17 anos como funcionário público, esta foi a primeira vez que um prefeito convocou o funcionalismo para estabelecer este tipo de diálogo.