O prefeito de Alegrete, Erasmo Silva, participou ontem (21) de uma reunião na sede da Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul, quando os prefeitos da Associação dos Municípios da Fronteira Oeste (Amfro) estiveram reunidos com o secretário estadual da Saúde Osmar Terra para tratar do enfrentamento à Gripe A (H1Ni). Foram abordadas as ações que podem ser tomadas e as orientações gerais para combater o vírus. Além do prefeito de Alegrete, estiveram presentes os prefeitos de Alecrim, Barra do Quaraí, Maçambará, Manuel Viana, Rosário do Sul, Santana do Livramento, São Borja, São Gabriel e Uruguaiana que apresentaram a situação que seus Municípios estão enfrentando.

Para o prefeito de Alegrete, a situação exige equilíbrio. Erasmo Silva, que é médico, sustenta que a Gripe A e a Gripe comum apresentam letalidade semelhante, “apenas esse novo vírus é de mais fácil contágio”, assegura. “A população está alarmada, compreende-se, mas a situação não é tão grave como as pessoas estão acreditando”, tranqüiliza.

O presidente da Amfro e prefeito de Uruguaiana, José Francisco Sanchotene Felice, afirmou que seu Município passou a atender de 300 a 800 consultas por dia. “Nossos recursos são limitados, já aumentamos e sobrecarregamos nossos postos de saúde e hospitais” falou Felice, destacando que o aumento de consulta revela a falta de segurança da comunidade. Conforme o prefeito, é preciso que o Estado e a União assumam sua parte, pois os Municípios não podem arcar sozinhos com a situação.

O secretário de Saúde do Estado, Osmar Terra, afirmou que os prefeitos devem evitar causar pânico em suas comunidades e que medidas estão sendo tomadas. Conforme Terra, o Estado já reforçou os recursos destinados aos postos de saúde a fim de aumentar o horário de atendimento à população, assim como, adquiriu mais equipamentos e aumentou o numero de leitos, além da criação de um Comitê de Enfrentamento da Gripe com a participação de órgãos como Famurs, Associação dos Secretários e Dirigentes Municipais de Saúde (Assedisa) e outros. “Estamos tomando as mesmas medidas adotadas em outros países. Vamos trazer especialistas para estabelecer um protocolo de atendimento mais específico”, afirmou Terra.

A avaliação da Secretaria Estadual da Saúde é que no mês de setembro, os casos de gripe A (H1N1) se reduzam drasticamente. Sobre a fronteira com Argentina e Uruguai, Terra afirmou que existem 29 pontos de passagem. “Não podemos fechar as fronteiras, temos que monitorá-las. E essa relação expõe nossa população”, afirma o secretário.